Viajar na pandemia

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Por Mayra Kaefer

Atravessamos os USA e fomos até o Brasil

No início do ano fiz uma viagem e não imaginava que seria a última por um longo período. Mas com a chegada do Covid no mundo, eu que moro em Miami, desde março estava em quarentena. Praticamente só saindo de casa para ir ao mercado. 

Depois de cinco meses a situação começou a acalmar um pouco e decidimos viajar para ficar perto da natureza e recarregar as energias. Queríamos um lugar tranquilo, preferencialmente sem muita gente. Foi quando decidimos atravessar os Estados Unidos e ir para os parques nacionais National Glacier Park e Yellowstone National Park que ficam na região Noroeste do país, nos estados de Idaho, Montana e Wyoming.

Essa foi a primeira experiência de lazer após o início do Covid e confesso estava bem nervosa para essa viagem. Saímos do aeroporto de Miami com destino a Spokane, WA. São quase 5.000 kms de distância, e não tem vôos diretos. Nossa escala na ida foi no aeroporto de Phoenix e na volta no de Dallas. Nosso vôo saia as 7 horas da manhã, então chegamos bem cedo ao aeroporto de Miami. O aeroporto estava bem vazio, sem filas para o check-in ou para o raio-x. 

No nosso primeiro vôo foi um alívio ver que o avião estava com aproximadamente 50% da capacidade. Todos os bancos do meio vazios, e haviam pessoas uma fileira sim, outra não. O serviço a bordo foi suspenso, eles deram uma sacola com água e bolachinha na entrada do avião. O uso de máscaras era obrigatório, podendo retirar apenas para beber ou comer. 

travelling during pandemic

Chegando em Phoenix o aeroporto já estava bem mais cheio, com bastante movimento mas todos usando máscaras. Também haviam bastante restaurantes abertos, ao contrário de Miami. No nosso segundo vôo já não tivemos a mesma sorte, o avião estava lotado. Confesso que me deixou nervosa, já que pensei que não estavam deixando ninguém sentar no banco do meio. 

Informação útil: Eu viajei com a companhia aérea American Airlines, escutei que a Delta está respeitando o distanciamento social e não estão voando com aviões lotados.

Destino final

O desembarque dos dois vôos foi por fileiras e todos tinham que permanecer sentados até a chamada da mesma. O aeroporto de Spokane é pequeno e estava tranquilo. Na retirada das malas estavam todos respeitando o distanciamento.

O voo de volta

Na viagem de volta os dois vôos estavam lotados e no resto a experiência foi a mesma da ida. Eu teria me sentido muito mais segura se tivessem impondo o distanciamento também dentro dos aviões, ou pelo menos, deixando o banco do meio vazio. Assim teria mais confiança para viajar de avião. Mas tirando esse fator, achei os aeroportos muito bem preparados para lidar com a pandemia e todo muito mais consciente sobre o distanciamento e o uso de máscara.

Viajando dos USA para o Brasil durante a pandemia

Dessa vez viajei de Miami com destino a Manaus

A ala internacional do aeroporto de Miami, também está bem vazia. A maioria das lojas e dos restaurantes estavam fechadas. Apenas vimos uma mini loja de conveniência aberta. Viajamos pela Latam e o serviço de embarque estava bem organizado, respeitando o distanciamento. 

O vôo acredito que estava com um 60% da ocupação, todas fileiras tinham no mínimo um banco vazio. Nesse voo tinha serviço de bordo, apesar da comida e bebida estar bem reduzida e não com a mesma qualidade. Já não tem mais a salada e o pãozinho que acompanhavam a janta, só tinha a opção de massa (antes eram pelo menos duas opções) e também não serviram bebidas alcoólica como o vinho. O café da manhã também já não era como antes, apenas meio pão de forma com presunto e queijo. Se comida de avião já não era a sua favorita, agora piorou.

Primeira escala – São Paulo

O desembarque era anunciado a cada cinco fileiras, e os passageiros estavam respeitando e esperando a sua vez. Chegando no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo a aduana estava tranquila. Na retirada das malas os passageiros estavam mantendo uma certa distância e respeitando um pouco mais que o normal. Estive no aeroporto de São Paulo em dois momentos, um cedo pela manhã e outro no meio da manhã. Bem cedinho o aeroporto estava vazio, bem tranquilo. Todo mundo respeitando a distância e a maioria dos lugares fechados. No final da manhã, o aeroporto estava com bastante pessoas e não muito diferente do normal. Uma das coisas que achei legal é que tem estações com álcool em gel em quase todas as colunas do aeroporto, ajudando na prevenção. A área do raio-x estava praticamente sem fila e todos respeitando o distanciamento. Os bancos também estavam com avisos para não sentar a cada um banco.

Voo dentro do Brasil

Já o vôo doméstico, este sim estava lotado. Não ofereceram serviço de bordo, apenas deram as bolachinhas na saída do vôo. Confesso que não consigo ficar tranquila quando o avião está lotado. Acho que se todo o comércio está sendo prejudicado por causa do distanciamento social, não entendo porque dentro do avião a regra não vale. Volto a dizer que na minha opinião, o banco do meio deveria estar vazio. Vôo internacional eu senti segurança e tranquilidade, mas não posso dizer o mesmo do vôo doméstico. 

Desembarque em Manaus/AM

O desembarque estava bem organizado e novamente foi por fileiras. Quando saímos do avião as malas já estavam na esteira, então foi mais fácil respeitar o distanciamento. O aeroporto de Manaus estava bem vazio e também com a maioria das lojas fechadas. 

Acredito que tomando as precauções necessárias pode ser seguro viajar de avião, mas claro que sempre tem um certo risco. Espero que essas informações tenha te ajudado a ter uma idéia melhor da situação de alguns aeroportos.

E você, também fez alguma viagem depois de começou a pandemia? Conta pra gente como foi a sua experiência 😉

Fizemos um videozinho da nossa viagem, se quiser conferir, só clicar no link abaixo 😉

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